No mercado financeiro, a popular frase “Sell in May and Go away“, Venda em maio e vá embora, pelo fato de popularmente ser lembrado por um mês negativo nos investimentos, não ocorreu desta vez.
Maio encerra com dados positivos na bolsa de valores brasileira e entre os dados divulgados, PIB e taxa de desemprego já sinalizam o forte impacto da pandemia na atividade econômica.
No cenário internacional, os dados de maio trazem uma certa melhora no mercado de trabalho assim como no setor produtivo, ainda que o PIB do primeiro trimestre americano mostra o quanto a economia foi impactada pelas medidas de isolamento adotadas.
Brasil
PIB: O Produto Interno Bruto brasileiro divulgado pelo IBGE apresentou retração de 1,5% no primeiro trimestre do ano na comparação ao trimestre anterior. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o recuo foi de 0,3%.
Entre os setores, na industria houve contração de 1,4% e nos serviços de 1,6%. Por outro lado, na agropecuária, houve crescimento de 0,6%.
Já sob a ótica da demanda, o consumo das famílias apresentou recuo de 2,0% enquanto nos investimentos privados houve aumento de 3,1% e nos gastos do governo de 0,2%. No âmbito externo, exportações recuaram 0,9% e importações aumentaram em 2,8%.
Taxa de Desemprego: Na semana, o primeiro dado divulgado para o mercado de trabalho brasileiro foi do Caged, em que seu resultado é a diferença entre admissões e demissões, o qual foi de 860.503 postos de trabalho fechados, sendo quase 1,5 milhão de demissões e 598 mil admissões em abril. Neste contexto, na comparação interanual, houve aumento de 17,2% nas demissões e um recuo de 56% nas admissões.
Nesse ínterim, os dados da PNAD trazem a taxa de desocupação no trimestre encerrado em abril, que foi de 12,6%, o que corresponde a um aumento de 1,3 ponto percentual em relação ao trimestre encerrado em janeiro.
Mercado
No mês popularmente temido pelos investidores, ou seja, venda em maio pelo fato do índice da bolsa de valores fechar em queda, foi ao contrário e fechou em alta de 8,57%.
Na semana, o Ibovespa seguiu o otimismo do mês e fechou aos 86.847 pontos, acumulando alta de 6,36%. Entre os motivos, pode-se observar um maior volume das negociações no mês e principalmente a resposta positiva aos estímulos monetários dos bancos centrais.
Por outro lado, o dólar comercial recuou 4,19% na semana e 1,79% no mês, fechando em R$ 5,3387 na compra e R$ 5,3404 na venda.
Internacional
Estados Unidos
O PIB do primeiro trimestre dos Estados Unidos apresentou recuo de 5% na comparação anual, o que confirma o forte impacto da pandemia na economia americana.
Além disso, os dados semanais do mercado trabalho registraram 2,1 milhões de novos pedidos de seguro-desemprego, número menor que na semana anterior e dentro do esperado.
Europa
O índice de confiança de empresas e consumidores que mede a percepção econômica da zona do euro, subiu para 67,5 pontos em maio, ante 64,9 pontos observados em abril.
Neste sentido, a confiança do consumidor e da industria, apresentaram alta de (-22,7) para (-18,8) pontos e (-27,5) pontos em maio, respectivamente. Por outro lado, a confiança no setor de serviços apresentou piora, de (-35,0) em abril para (-43,6) pontos em maio.
Conclusão
Maio chega ao fim e o conhecido “venda em maio”, trouxe dados otimistas para o mercado acionário, assim como expectativas de um futuro melhor para a economia brasileira no pós-pandemia.
Como resultado, continuaremos observando as políticas econômicas de estímulo monetário, com juros baixos e aumento de crédito neste ano.
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