A semana iniciou com o humor do mercado financeiro azedando rapidamente. Após o governo jogar a toalha quanto ao ajuste fiscal, descartando a possibilidade de contas positivas em 2025, testemunhamos a bolsa brasileira em queda, o dólar em alta e os juros também em ascensão.
Nesse cenário em que o governo pretende aumentar os gastos, observamos no Tesouro Direto o IPCA+ 2045 firmando juros reais acima de 6% e o Pré-fixado com vencimento em 2031 alcançando a taxa de 11,70%.
O mercado financeiro, conhecido por ser uma máquina de transferir dinheiro dos impacientes para os pacientes, pode trazer benefícios nesse patamar de juros para investidores com horizontes de investimento mais longos que aguardaram para realizar aportes no Tesouro Direto.
Quanto ao dólar, que encerrou a semana anterior cotado a R$/US$ 5,11, valorizou rapidamente para R$/US$ 5,28 e manteve-se forte após dirigentes do Banco Central americano mencionarem a possibilidade de corte nos juros apenas no final do ano. Enquanto isso, por aqui, a mensagem do Banco Central é de mais um corte na Selic, o que pode resultar em uma desvalorização da moeda doméstica por mais algum tempo.
No cenário mundial, à medida que as tensões no Oriente Médio permaneceram elevadas, o Ouro continuou a subir devido à alta demanda pelo ativo de segurança. Não é para menos: em um mundo de moeda fiduciária e dívida elevada, o ouro torna-se uma parte atrativa do portfólio do investidor.
Essas foram as principais informações econômicas da semana que impactaram os ativos do mercado financeiro.
Um abraço, Fernanda.