A retrospectiva econômica começa com mais uma semana negativa para a economia, em um cenário em que medidas fiscais e monetárias foram anunciadas em resposta ao impacto econômico do Covid-19.
Entre os dados econômicos divulgados, o índice de confiança da indústria traz novas expectativas dos empresários. Além disso, medidas emergenciais divulgadas pelo Ministério da Economia e a decisão do Banco Central, em resposta ao atual cenário.
No âmbito internacional, resultados de fevereiro para vendas no varejo e produção americana além das decisões dos bancos centrais americano, chinês e britânico para os juros.
Divulgações Econômicas
O Conselho Monetário Nacional, CMN, aprovou medidas para minimizar os impactos do covid-19 na atividade econômica brasileira, ainda que o ministério da economia irá aplicar recursos em torno de R$ 180 bilhões, com o propósito de minimizar os impactos econômicos.
Ainda na semana, o Copom decidiu cortar em 0,50 ponto percentual a taxa básica de juros, Selic, passando para 3,75% ao ano, justificado pela desaceleração econômica externa e pelos impactos na economia brasileira pelo covid-19, ao passo que salientou a manutenção da taxa.
Por fim, a FGV divulgou o Índice de Confiança da Indústria (ICI), no qual houve queda de 3,2 pontos em março ante o mês anterior, fechando em 98,2 pontos, em um cenário de piora da percepção dos empresários para os próximos três e seis meses.
Mercado de capitais brasileiro
Mais uma semana marcada por significativas perdas no mercado de capitais brasileiro, visto que o Ibovespa fechou a semana aos 67.069 pontos, o que representa uma perda de 18,88% na semana e 42% no ano.
Internacional
Entre as medidas tomadas pelos bancos centrais para conter a desaceleração econômica, observamos:
1. Banco do Povo chinês que manteve a taxa de juros, sinalizando que o surto do coronavírus pode ter sido controlado no país.
2. O banco central da Inglaterra, que decidiu pelo corte dos juros para 0,1% a.a assim como aumentou a compra dos títulos públicos para prover liquidez na economia.
3. O Banco Central americano, FED, que decidiu pelo corte da taxa de juros, que passou para a banda de zero a 0,25% em resposta aos impactos econômicos do coronavírus.
Entre os dados econômicos, as vendas do varejo americana vieram negativos para o mês de fevereiro, com queda de 0,5% ante o mês anterior. Por outro lado, a produção industrial, também de fevereiro, apresentou variação positiva, em 0,6%.
Conclusão
Mais uma semana marcada pelos impactos do Covid-19, ao passo de observarmos recorrentes medidas governamentais em estímulos à atividade econômica.
No Brasil, respostas do banco central no âmbito monetário, em diminuir a Selic, assim como cambial, impactando na menor desvalorização da moeda.
Neste contexto, verifica-se que a aversão ao risco continua alta. Por consequência, investidores continuarão reagindo ao fato do aumento do número de infectados assim como às medidas governamentais para minimizar as perdas econômicas.