Neste resumo econômico da semana trago os principais dados divulgados. Reconheço que na atual conjuntura algumas incertezas sobre o futuro da economia podem pairar, pois pode parecer difícil distinguir o sentimento de cautela da força em retomar as atividades.
Assim, apesar dos ruídos internos do cenário econômico, a bolsa de valores brasileira apresentou desempenho positivo na semana, período o qual nos deparamos com mais uma decisão do banco central para a taxa de juros, Selic.
Brasil – divulgações Econômicas
Vendas no Varejo: Queda de 16,8% na comparação à março, com destaque para Tecidos, Vestuário e Calçados, com queda de 60,6%, seguido de Livros, Jornais, Revistas e Papelaria, com recuo de 43,4% no mês.
Taxa de Juros: O Copom decidiu pelo corte de 0,75 ponto percentual na taxa básica de Juros, Selic, a qual passou para 2,25% ao ano. Em suma, a conjuntura econômica atual condiz em estímulo monetário elevado, porém os riscos de uma demanda agregada maior que a esperada pode ser concretizada, ocasionando aumento da inflação.
IGP-M: Aumento de 1,48% na segunda prévia de junho, justificado pelo peso do Índice de Preços ao Produtor, o qual aumentou 2,20% no período, ao passo que houve aumento de preços de Combustíveis e Lubrificantes para a produção, em 18,99% no período.
IBC-Br: O Índice de Atividade Econômica do Banco Central, conhecido como a prévia do PIB, recuou em 15,09% em abril na comparação interanual, o que representa os efeitos da pandemia na economia brasileira no mês. Nesse sentido, em 12 meses o índice recua 0,52% e no ano em 4,15%.
Mercado: Ibovespa
A semana foi positiva para o Índice da bolsa de valores brasileira, o Ibovespa, que fechou em alta de 4,07%, aos 96.572 pontos. Neste ínterim, o mercado acionário refletiu o novo cenário da taxa básica de juros da economia brasileira, que passou para 2,25% ao ano.
No dólar comercial, a semana foi mais uma vez de valorização da moeda americana, que fechou m R$ 5,3167 na compra e R$ 5,3182 na venda, alta de 5,41%.
Internacional
Estados Unidos
Expressivo aumento das vendas no varejo, em 17,7% em maio na comparação a abril, o que representa uma maior confiança dos consumidores no período pós-pandemia.
Por outro lado, a produção industrial para o mês recuou 15,27% no interanual e na comparação à abril aumentou 1,4%, abaixo das expectativas dos analistas.
China
Produção Industrial de maio com aumento de 4,4% na comparação ao mesmo mês do ano passado, porém abaixo das expectativas que eram de crescimento em 5%.
Nesse meio tempo, as vendas no varejo tiveram recuo de 2,8%, também acima do esperado, o que denota que tanto pelo lado da oferta quanto da demanda ainda pode-se observar o ritmo menor de crescimento, podendo ser justificado pelos temores de uma segunda onda de infecções assim como pelas perdas de emprego que ocorreram.
Europa
O Índice de Preços ao Consumidor, IPC, da zona do Euro ficou praticamente estável em maio, com recuo de 0,1% no mensal e alta de 0,1% no anual, respectivamente de acordo com a Eurostat.
Conclusão
Mais uma semana de dados econômicos que já mostram o retorno de diversos setores em países em que já estão na fase pós-pandemia, ao passo que houveram aumento das vendas no varejo, queda nas taxas de desemprego e controle da inflação.
Por fim, no Brasil observamos o corte de juros pelo Banco Central, o que indica que o cenário econômico atual é de políticas expansionistas. Como resultado, mais estímulos monetários poderão ocorrer neste ano, através de mais um corte, possivelmente de menor magnitude da Selic.