Muitos repetem essa frase e não sei quem é o autor propriamente, mas o sentido está preservado: ‘No Brasil, o futuro é duvidoso e o passado é incerto’.
Alguns atribuem ao ex-ministro Pedro Malan e já ouvi do ex-presidente do Banco Central, Gustavo Loyola.
O fato é que, mais uma vez, observamos a substituição no comando de uma das principais empresas listadas na bolsa de valores brasileira, a Petrobras, que na última terça-feira substituiu Jean Paul Prates por Magda Chambriard.
Um dos efeitos imediatos foi a perda de R$ 35,5 bilhões de valor de mercado da companhia em uma sessão após o anúncio.
Das influências políticas em uma empresa como a Petrobras, o governo, que representa a união, é o controlador da empresa, e pode ter entre seus objetivos a segurança energética assim como preços mais baixos dos combustíveis, dos quais atingem em cheio a inflação brasileira quando saem de controle.
Contudo, devemos lembrar que entre os anos de 2021 e 2023 ocorreu uma transferência de mais de R$ 114 bilhões de reais de dividendos para o governo federal, cifra que contribuiu positivamente para as contas públicas no período.
Ou seja, é preciso ter um equilíbrio entre os interesses do governo e os acionistas minoritários, estes que investem em empresas que tenham eficiência, lucros e dividendos.
Ainda no cenário doméstico, o Banco Central reforçou a cautela nos seus próximos passos para a Selic, diante da desancoragem das expectativas de inflação e retirou do comunicado o que fará na próxima reunião do Copom.
Por fim, minimizando o cenário nebuloso por aqui, nos EUA, dados mais fracos de inflação ao consumidor trouxeram otimismo para as bolsas de Nova York, que atingiram recordes históricos; esse efeito é explicado pelo aumento das expectativas para o início do corte dos juros americanos, aumentando o apetite ao risco dos investidores.
Assim, essas foram as principais informações do mercado financeiro nesta semana e, sem dúvida, impactaram os ativos e as perspectivas dos investidores.