No resumo semanal desta semana, tivemos cinco destaques no mercado financeiro:
Começando pelo Brasil, na agenda econômica desta semana, os economistas elevaram a projeção da inflação para este ano e para o próximo, de acordo com o Boletim Focus do Banco Central, enquanto o presidente da autarquia, Campos Neto, sinalizou que pode reduzir a magnitude do corte da Selic já na próxima reunião do Copom, que acontece em maio.
As explicações são pautadas tanto na deterioração do fiscal brasileiro quanto na postergação do corte de juros americanos e, entre mortos e feridos, gregos e troianos, já se fala em Selic de dois dígitos até o fim deste ano, para alegria dos investidores da renda fixa.
Na Bolsa de Valores brasileira, duas informações foram relevantes e impactaram o índice Ibovespa: a Vale, que divulgou seu balanço na última quarta-feira, com resultados abaixo do esperado, corroborando o cenário do primeiro trimestre de queda do preço do minério de ferro, explicado, em parte, pelos dados econômicos da China que indicam desaceleração.
Minimizando o cenário negativo da bolsa, a Assembleia da Petrobras aprovou a proposta da União sobre dividendo extraordinário, refletindo na alta dos papéis da empresa.
Mundo
Nos EUA, o PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre cresceu ao ritmo anualizado de 1,6%, abaixo das estimativas que eram de 2,4%, enquanto o PCE, um dos principais indicadores de inflação do Banco Central Americano, o Fed, avançou à taxa anualizada de 3,4% no primeiro trimestre, ante 1,8% no trimestre anterior.
Se, por um lado, o resultado da atividade econômica americana mostrou arrefecimento, abrindo espaço para o corte das Fed Funds, os juros americanos, por outro lado, podem indicar um cenário pior para as empresas, com lucros menores, o que deverá ser refletido no S&P. Com isso, os principais índices das bolsas americanas registraram queda na última quinta-feira.
Por fim, o câmbio se manteve praticamente nos mesmos patamares do fechamento da semana anterior, R$/US$ 5,16, com o cenário das contas públicas brasileiras no radar. O ouro, que iniciou a semana em queda, voltou a subir após os dados mais fortes da inflação americana.
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